Soja: Com foco nos fundamentos, mercado volta a operar em campo negativo na CBOT
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Soja: Com foco nos fundamentos, mercado volta a operar em campo negativo na CBOT
Publicado em 18/11/2015 13:00 e atualizado em 18/11/2015 15:25

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As cotações futuras da soja reverteram os ganhos e voltaram a trabalhar em campo negativo na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quarta-feira (18). Por volta das 12h42 (horário de Brasília), as principais posições da oleaginosa exibiam leves quedas entre 1,75 e 2,00 pontos. O vencimento janeiro/16 era cotado a US$ 8,62 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 8,67 por bushel.

Os analistas ainda ressaltam que os preços têm trabalhado de maneira bastante técnica. “Temos poucas notícias frescas, nos mercados de grãos, que possam mudar o curso das negociações. As cotações dos grãos ainda continuam a ser pressionadas para baixo por amplos estoques não só nos EUA, mas nos armazéns globais também”, explica o economista Kevin McNew, em entrevista ao site internacional AgWeb.

Além disso, o dólar dos EUA continua a mostrar sinais de movimento maior. “O índice do dólar valorizado acaba pesando sobre os preços dos grãos norte-americanos”, completa o economista.

Do lado fundamental, o mercado continua atento à grande oferta mundial, com um novo recorde norte-americano e as projeções indicando a safra brasileira em mais de 100 milhões de toneladas.

Ainda ontem, um dos mais respeitados consultores agrícolas, Michael Cordonnier, reforçou a estimativa para a safra do Brasil, mas não descartou perdas de agora em diante devido ao clima adverso em algumas localidades.

“Em áreas isoladas de Mato Grosso, menos da metade da soja foi plantada quando normalmente, a semeadura deveria estar caminhando para o final. Algumas regiões terão que ser replantadas devido à má germinação. Os produtores relatam que a falta de chuvas em algumas localidades chega a 15/20 dias e as temperaturas em torno de 40ºC”, afirma Cordonnier.

Contudo, o sentimento dos analistas é de que as chuvas têm beneficiado as lavouras brasileiras. “No Brasil temos um padrão cada vez mais molhado devem continuar impulsionando as perspectivas safra de verão do nosso maior concorrente no mercado global de soja”, reforça McNew.

Por outro lado, os investidores também acompanham as informações da Argentina. O país pode se tornar mais competitiva no quadro internacional nos próximos meses, isso porque, os candidatos à presidência do país são favoráveis à redução da taxa sobre as exportações do grão. O segundo turno da eleição presidencial acontece no próximo dia 22 de novembro.

Ainda essa semana, a consultoria Informa Economics projetou que a área a ser cultivada nos EUA na próxima temporada poderá ficar em 34,5 milhões de hectares, o que se confirmado seria um novo recorde. No mês anterior, as apostas estavam próximas de 33,95 milhões de hectares. Na última temporada, que acaba de ser colhida, os produtores americanos plantaram em torno de 33,67 milhões de hectares.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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