O novo governo da Argentina anunciou, nesta segunda-feira (14), a redução da taxa de exportação de soja em cinco pontos percentuais, como indicavam as expectativas, levando as chamadas “retenciones” a 30%. As demais exportações agrícolas, como trigo, milho e carnes, tiveram a taxa zerada. O anúncio foi feito pelo presidente recém-eleito Maurício Macri.
Segundo analistas, ainda é cedo para compreender o tamanho do impacto dessa medida, que já vinha sendo esperada desde o período da campanha eleitoral no país. Ainda assim, é uma notícia bastante positiva para os produtores locais e que pode estimular novas vendas do elevado volume de soja ainda estocado no país.
“Eu vou fazer isso porque confio em vocês. Eu sei que podemos dobrar a produção de alimentos na Argetina”, disse Macri em um evento nesta segunda. O presidente afirmou ainda que será bastante severo no controle de evasão. “Há de se pagar os impostos porque iremos administrá-los bem, não há desculpas”, completou.
Macri, em seu discurso, ressaltou a importância do agronegócio para o país. “Estamos juntos para lançar uma nova era para a Argentina. Sem o campo, o país não vai para frente”, disse.
Para Camilo Motter, analista de mercado e economista da Granoeste Corretora de Cereais, é preciso avaliação, mas a princípio, o impacto da medida é pequeno, uma vez que a redução ficou dentro do esperado, e assim, já estaria, em partes, precificada.
“Mas como havia muitas especulações – até de redução para zero por um período de três a seis meses – aí sim teria um impacto forte. Mas veio em linha com aquilo que se esperava como o mais provável”, explica.
Com informações do site argentino Infocampo.